Eu levo a vida vivendo à deriva
não sigo nenhuma direção.
Sem leme, sem vela, nem vento,
não há timoneiro nessa embarcação.
O mar me recebe de braços abertos
num gesto de retribuição.
As ondas ressoam no casco,
o mastro entorta mas eu nem faço menção
de procurar uma rota segura o que
eu quero mesmo é seguir pela imensidão.
Me guio pelas estrelas, eu olho a lua
ela chama a minha atenção.
Me prende o olhar de uma maneira
que quase cega a minha visão.
Minha senhora eu agradeço
mas não há necessidade de preocupação.
A vontade que tenho é errar de destino,
fazer meu caminho
desde o início do dia
até o fim dessa escuridão.
Ricardo LA
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