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sábado, 25 de dezembro de 2010

Porto Final

Todos aqueles que viajaram
Por mares nunca d'antes navegados
Será que já se encontraram
Ou ainda nem foram procurados?

Quem sabe enfim atracaram
Seus navios e a tripulação?
Será que também cantaram
sua última canção?

Marujos, piratas e corsários
Sempre e sempre a navegar.

Em busca do porto final
Para enfim pisar o chão
do fundo desse mar.


Ricardo LA

domingo, 12 de dezembro de 2010

Quintanar

Imortal?

Sempre foste.
Desde antes, desde já.

Desde que escreveste a primeira linha
tu, Imortal, sempre serás.


Ricardo LA

sábado, 11 de dezembro de 2010

Um Dia

Desde que você existia
Você sabia que eu sei.
Sabe que daquele dia
Eu nunca me esquecerei.

Talvez tu, como eu, também esperasse
Que o tal dia chegasse.
Mas isso eu ainda não sei.

Só sei que fui por um dia
Aonde nunca imaginava ir.

E sei que, dependendo da hora,
Sei que não demora,
e aquele dia, um dia, vai se repetir.


Ricardo LA

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Saudade do Silêncio

A palavra, quando presa,
permanece parada, aflita.

Calada, silencia.
Aberta, ela grita.

Num dia ela é nada.
No outro, infinta.

Às vezes tem boas intenções.
Noutras, já nasce maldita.

Na boca fechada ela morre.
No papel, ressuscita.

Mas não importa como for:
falada, pensada ou escrita.

Entre um silêncio e outro
há sempre tanta coisa não dita.




Ricardo LA




"... A reposta do silêncio
entre tanta coisa não dita
Deixa a palavra muda, esquisita...

é saudade."

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

La Luna del Cacciatore

Você se tornou presa fácil,
sem nenhuma defesa.
Sem muito esforço,
enxergo a tua fraqueza.

Pra quem tem fome,
um prato cheio em cima da mesa.

A favor do vento,
navegando com a correnteza
eu observo.

Espero o passar do tempo,
prestando muita atenção.

Calculo meus movimentos.
Ataco!
Com a mais extrema perfeição.



Ricardo LA