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quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Saudade do Silêncio

A palavra, quando presa,
permanece parada, aflita.

Calada, silencia.
Aberta, ela grita.

Num dia ela é nada.
No outro, infinta.

Às vezes tem boas intenções.
Noutras, já nasce maldita.

Na boca fechada ela morre.
No papel, ressuscita.

Mas não importa como for:
falada, pensada ou escrita.

Entre um silêncio e outro
há sempre tanta coisa não dita.




Ricardo LA




"... A reposta do silêncio
entre tanta coisa não dita
Deixa a palavra muda, esquisita...

é saudade."

2 comentários:

Deixe seu poema, sua piração ou sua palavra.