A palavra, quando presa,
permanece parada, aflita.
Calada, silencia.
Aberta, ela grita.
Num dia ela é nada.
No outro, infinta.
Às vezes tem boas intenções.
Noutras, já nasce maldita.
Na boca fechada ela morre.
No papel, ressuscita.
Mas não importa como for:
falada, pensada ou escrita.
Entre um silêncio e outro
há sempre tanta coisa não dita.
Ricardo LA
"... A reposta do silêncio
entre tanta coisa não dita
Deixa a palavra muda, esquisita...
é saudade."
Tá muito boa esta, nas rimas, na contradição: perfeita!
ResponderExcluir:)
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